nem odiar nem amar
Se possível, não devemos alimentar animosidade contra ninguém, mas observar bem e guardar na memória os procedimentos de cada pessoa, para então fixarmos o seu valor, pelo menos naquilo que nos concerne, regulando, assim, a nossa conduta e atitude em relação a ela, sempre convencidos da imutabilidade do carácter.
Esquecer qualquer traço ruim de uma pessoa é como jogar fora dinheiro custosamente adquirido.
No entanto, se seguirmos o presente conselho, estaremos a proteger-nos da confiabilidade e da amizade tolas.
«Não amar, nem odiar», eis uma sentença que contém a metade da prudência do mundo; «nada dizer e em nada acreditar» contém a outra metade.
Decerto, daremos de bom grado as costas a um mundo que torna necessárias regras como estas e como as seguintes.
Mostrar cólera e ódio nas palavras ou no semblante é inútil, perigoso, imprudente, ridículo e comum.
Nunca se deve revelar cólera ou ódio a não ser por actos; e estes podem ser praticados tanto mais perfeitamente quanto mais perfeitamente tivermos evitado os primeiros.
Apenas animais de sangue frio são venenosos.
Falar sem elevar a voz: essa antiga regra das gentes do mundo tem por alvo deixar ao entendimento dos outros a tarefa de descobrir o que dissemos.
Ora, tal entendimento é vagaroso, e, antes que termine, já nos fomos.
Por outro lado, falar sem elevar a voz significa falar aos sentimentos, e então tudo se inverte.
Com maneiras polidas e tom amigável, pode-se falar grandes asneiras a muitas pessoas sem perigo imediato.
Arthur Schopenhauer, in 'Aforismos para a Sabedoria de Vida'
ai...ai... viver não custa, saber viver é que custa, fica aqui uma grande dica... tudo com peso e medida q.b.
Não é com vinagre que se apanha moscas.
3 Comments:
At 9:21 da tarde, papoilasaltitante said…
Obrigada pela visita lá no meu blog!!
Voltarei!!!
Bjs
At 9:49 da tarde, Anónimo said…
“«Não amar, nem odiar», eis uma sentença que contém a metade da prudência do mundo; «nada dizer e em nada acreditar» contém a outra metade.”
Vamos la por partes … não amar, porquê? Porque não expressar e partilhar esse sentimento que torna tão felizes os correspondidos … e tão tristes os que o não são?
Para vivermos a vida temos que o fazer com emoção, um momento de cada vez, se não … se optarmos por não o fazer, vamos apenas apreciar o mundo como que esta num sofá a ver tv, sentado, imóvel, alheio a tudo e, mais importante ainda, distante e sem qualquer tipo de participação na realidade. De facto, é assim que vive metade do mundo … e sem «nada dizer e em nada acreditar».
Quanto ao ódio, esse é de facto um sentimento muito forte … valerá a pena senti-lo? Valerá a pena poluir o nosso coração com uma mancha que o torna triste e sombrio?
Fica a pergunta: é isso que queremos? Todas as pessoas deixam uma marca na vida: ou pela positiva, ou pela negativa, ou pela indiferença. Cabe a nós escolher como queremos que nos conheçam!
2ª parte:
“Falar sem elevar a voz: essa antiga regra das gentes do mundo tem por alvo deixar ao entendimento dos outros a tarefa de descobrir o que dissemos. Falar sem elevar a voz: essa antiga regra das gentes do mundo tem por alvo deixar ao entendimento dos outros a tarefa de descobrir o que dissemos.”
Comentário: é sensato, sem dúvida, mas já agora concordo … é só para inteligentes … se estes não estão presentes … já fomos!
“viver não custa, saber viver é que custa” … “tudo com peso e medida q.b.
Não é com vinagre que se apanha moscas”
Mais uma vez, só para inteligentes …
Nina! Parabens! Mais uma vez, tas no bom caminho! Na vida, dizem que todos ná deveriamos plantar uma arvores, ter um filho, escrever um livro ... Não sei ao certo o que ja fizeste, mas quanto a mim esta ultima parte é ja uma realidade.
Es grande, na forma de estar e de pensar.
Mais uma vez, só para inteligentes, e felizmente tu tas la!
At 12:18 da tarde, homempasmado said…
Oi,
«L´homme n´est accompli, que lorsque son coeur reste egal dans le quatre situations suivantes:
- quand on lui oppose un refus
- quand on lui fait un faveur
- quand on le glorifie
- quand on l´abaisse.;
Uthman De Hira
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